Estimulação elétrica nervosa transcutânea e crioterapia no tratamento de estudantes com dismenorreia primária: estudo piloto / Transcutaneous electrical nerve stimulation and cryotherapy in the treatment of students with primary dysmenorrhea: pilot study
Abstract
Objetivo : Comparar os efeitos da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) e da crioterapia no alívio da sintomatologia dolorosa de estudantes com dismenorreia primária (DP). Métodos : Estudo transversal e quantitativo, com 20 mulheres universitárias aleatoriamente divididas em dois grupos: Grupo TENS (GT) cujas participantes foram submetidas a uma sessão de 45 min de TENS com frequência de 120 Hz e duração de pulso de 100 µs e Grupo Crioterapia (GC) cujas participantes foram submetidas a sessão de crioterapia por 20 min. Foram incluídas mulheres com ciclos menstruais regulares, nuligestas, sem relato de doença pélvica e com dismenorreia com nível de dor entre 4 e 10 durante os três primeiros dias de menstruação. Foram excluídas aquelas com contraindicação ao uso da TENS e crioterapia ou que fizeram uso de medicamentos até 24 h antes da intervenção. Foi registrado o nível de dor das participantes antes e logo depois da intervenção. Resultados : Foram avaliadas mulheres com idade variando entre 18 e 27 anos (média 22,8 ± 2,4 anos). Todas apresentaram além dos sintomas dolorosos algum outro sintoma associado, sendo os mais comuns diarreia e fadiga (80%, cada). O teste ANOVA two-way de medidas repetidas considerando como fatores grupo e avaliação, revelou efeito apenas para o fator avaliação (p < 0,001), não apresentando efeito para a interação grupo/avaliação (p = 0,09). Conclusão : TENS e crioterapia são recursos eficientes para o alívio dos sintomas álgicos de mulheres com DP, não havendo superioridade entre as abordagens.
Objective: To compare the effects of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) and cryotherapy in relieving painful symptoms in students with primary dysmenorrhea (PD). Methods: Cross-sectional and quantitative study, with 20 university women randomly divided into two groups: TENS Group (GT) whose participants were submitted to a 45 min TENS session with a frequency of 120 Hz and a pulse duration of 100 µs and Cryotherapy Group (CG), whose participants were submitted to a cryotherapy session for 20 min. Women with regular menstrual cycles, nulligravidas, without a report of pelvic disease, and with dysmenorrhea with pain levels between 4 and 10 during the first three days of menstruation were included. Those with contraindications to TENS or cryotherapy and who used drugs up to 24 h before the intervention were excluded. The participants' pain levels were recorded before and shortly after the intervention. Results: Women aged between 18 and 27 years (mean 22.8 ± 2.4 years) were evaluated. In addition to painful symptoms, all of them presented some other associated symptoms, the most common being diarrhea and fatigue (80%, each). The two-way ANOVA test of repeated measures considering group and evaluation factors revealed an effect only for the evaluation factor (p < 0.001) with no effect for the group/evaluation interaction (p = 0.09). Conclusion: TENS and cryotherapy are efficient resources for relieving pain symptoms in women with PD, with no superiority between the approaches
Keywords
Cryotherapy, Dysmenorrhea, Pain, Physical therapy specialty, Transcutaneous electric nerve stimulation
Informações Gerais
Submetido em 3 de agosto de 2020, aceito em 7 de novembro de 2020, publicado em 16 de dezembro de 2020
Autor de correspondência: Rua Rodrigues Alves, 413, Apt. 1506. Prata. Campina Grande, PB, Brasil | CEP: 58.400-550 Fone: +55 (83) 99615-3555.
Este estudo foi realizado nas Faculdades Integradas de Patos (FIP)
https://doi.org/10.21876/rcshci.v10i4.1029
Como citar este artigo: Araújo AHV, Santos LS, Neves VA, Silva Júnior RA, Gama GL. Estimulação elétrica nervosa transcutânea e crioterapia no tratamento de estudantes com dismenorreia primária: estudo piloto. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):132-138. https://doi.org/10.21876/rcshci.v10i4.1029
INTRODUÇÃO
A dismenorreia é definida como uma dor pélvica, antes ou durante o período menstrual1. Essa sintomatologia pode afetar a qualidade de vida e restringir a funcionalidade de mulheres2, sendo causa frequente de ausência em atividades laborais e acadêmicas.
Com base na fisiopatologia, a dismenorreia pode ser classificada como primária ou secundária. Essa classificação é feita a partir da história médica, ginecológica, familiar e psicossocial da mulher3. Mais especificamente, a Dismenorreia Primária (DP) transcende na ausência de doença pélvica, tem início por volta de seis a doze meses após a menarca, com pico de prevalência no final da adolescência e por volta dos vinte anos4. Já a dismenorreia secundária está relacionada a alguma patologia pélvica como endometriose, adenomiose, miomas, e doença inflamatória pélvica, podendo vir acompanhada de sangramento intermenstrual e menorragia5.
A ocorrência da DP está associada a fatores de risco como menarca antes dos 12 anos de idade, ciclo menstrual irregular, história familiar de dismenorreia, aumento do fluxo sanguíneo e ingestão de café6, 7. Estudos prévios demonstram ainda a possível associação da DP com fatores como tabagismo, dietas, depressão e obesidade8. Atualmente, a justificativa mais aceita para o desenvolvimento da DP é a superprodução de prostaglandinas pelo endotélio que leva a contrações uterinas excessivas, resultando em isquemia e hipóxia uterina e consequente dor9.
Estima-se que entre 50% a 90% das mulheres são acometidas pela DP e metade delas descrevem a dor de moderada a grave3. Essa dor é frequentemente descrita como uma cãibra na região supra púbica ou abdômen inferior, que pode ou não irradiar para a região lombar e membros inferiores10 . Além da sintomatologia dolorosa, algumas mulheres apresentam sintomas sistêmicos como náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, dor de cabeça, tontura, e raramente episódios de síncope11.
Apesar da alta prevalência de DP, a maioria das mulheres não procura assistência médica12. A abordagem terapêutica mais comum para DP baseia-se no uso de anti-inflamatórios não esteróides e/ou contraceptivos hormonais para inibir a síntese de prostaglandina13. Porém, os riscos de efeitos adversos com uso desses fármacos ocorrem em até 25% dos casos, fato que limita sua escolha13, 14.
Diante dos possíveis efeitos adversos e taxa de insucesso de abordagens farmacológicas, métodos não farmacológicos vêm sendo utilizados para o alívio dos sintomas da DP, dentre eles estão os recursos fisioterapêuticos como a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)15, terapia manual16, crioterapia17 e auriculoterapia18.
A TENS é uma modalidade da eletroterapia amplamente utilizada por fisioterapeutas no processo de reabilitação e alívio de sintomas álgicos. Esse recurso consiste no fornecimento de correntes elétricas através de eletrodos acoplados à pele que promovem a estimulação de terminações nervosas periféricas19, 20. Os efeitos terapêuticos da TENS são embasados na teoria das comportas da dor e/ou da liberação de opioides mediada por endorfinas19. Uma revisão sistemática da literatura com meta-análise sugeriu a efetividade do uso da TENS de alta frequência de pulso no tratamento da DP21.
Já a crioterapia é um método utilizado desde a antiguidade para redução de sintomas álgicos. Consiste na redução da temperatura tecidual com fins terapêuticos22 tendo como principais efeitos fisiológicos redução da taxa de metabolismo e velocidade de condução nervosa, diminuição de resíduos celulares, redução da inflamação e do espasmo muscular17 .
Apesar desses efeitos, até o presente momento não se sabe quais dessas abordagens não farmacológicas são mais eficazes para o alívio dos sintomas álgicos relatados por mulheres com DP. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo comparar os efeitos da TENS e da crioterapia no alívio da sintomatologia dolorosa de mulheres com DP.
MÉTODOS
Tratou-se de um estudo do tipo transversal e quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Patos (parecer de aprovação n°. 2.914.388/2018). Antes da realização de qualquer procedimento de coleta de dados, as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido concordando com sua participação no estudo.
Participantes
A seleção da amostra foi realizada de forma não probabilística por conveniência, sendo composta por estudantes do curso de Fisioterapia, que voluntariamente aceitaram participar da pesquisa.
Foram considerados como critérios de inclusão: (1) idade superior a 18 anos; (2) apresentar ciclos menstruais regulares; (3) nuligesta; (4) não relatar doença pélvica e (5) apresentar dismenorreia com nível de dor entre 4 e 10, segundo a escala numérica da dor, durante os três primeiros dias de menstruação. Foram excluídas do estudo as participantes que apresentaram contraindicação ao uso da TENS e crioterapia e/ou que fizeram uso medicamentos para redução dos sintomas dolorosos da dismenorreia nas 24 horas antes da intervenção.
Procedimentos de coleta de dados
Inicialmente, as participantes foram igualmente distribuídas em dois grupos: Grupo TENS (GT) e Grupo Crioterapia (GC). A alocação das participantes foi realizada de forma aleatória e cega, por meio de uma sequência de números aleatórios eletronicamente gerados utilizando o software Microsoft Excel®, e posteriormente registrados em envelopes opacos e selados por um pesquisador que não participou do processo de recrutamento e coleta dos dados (R.A.S);
Após a alocação das participantes, foram registrados seus dados gerais, demográficos e clínicos (idade, histórico ginecológico, características e impactos da dismenorreia, e estratégias utilizadas para o manejo do quadro álgico), a partir de um questionário semiestruturado. Especificamente, questionou-se a presença de doença pélvica, ocorrência e quantidade de gestações, presença de ciclos menstruais regulares, e histórico familiar de dor menstrual. As participantes foram então questionadas quanto a localização da dor, sintomas associados e se tais sintomas levaram ausência no trabalho ou faculdade, assim como o tratamento de escolha para o alívio dos sintomas dolorosos. Em seguida foram registrados o nível de dor das participantes de acordo com a escala numérica da dor, quando a participante deveria classificar o nível de sua dor entre zero (ausência de dor) e 10 (a maior dor experimentada) e o dia do ciclo atual em que as participantes se encontravam. Apesar de seu caráter subjetivo, essa escala é amplamente aceita como medida de mensuração de quadros álgicos em diversas populações23, 24, 25.
Após a avaliação inicial, foi iniciado o protocolo de tratamento da sintomatologia dolorosa, que consistiu em apenas uma sessão, considerando o grupo de alocação das participantes. As participantes do GC foram posicionadas confortavelmente em decúbito ventral e submetidas à aplicação de uma bolsa de gelo na região lombar, com duração de 20 min (Figure 1 A). Já para o GT, foi utilizado o aparelho TENS (Neurondyn II Neuromuscular Stimulator®; IBRAMED, São Paulo, SP, Brasil), com a utilização de dois canais. As participantes foram posicionadas em decúbito ventral, com eletrodos de silicone fixados na região lombar e equipamento ajustado no modo TENS com frequência de 120 Hz, duração de pulso de 100 µs, intensidade dentro do limiar sensorial e tempo de tratamento de 45 min26 (Figure 1 B). Logo após o procedimento de intervenção, as participantes foram novamente avaliadas por meio da escala numérica da dor.
Análise de dados
Inicialmente foi realizada a estatística descritiva (média, desvio-padrão, frequências absoluta e relativa) dos dados gerais, histórico ginecológico, impacto da dismenorreia e manejo da dor. A fim de comparar os efeitos da TENS e da crioterapia no alívio dos sintomas dolorosos da DP, foi realizada uma análise de variância (ANOVA) two-way de medidas repetidas tendo como fatores grupo (GT e GC) e avaliação (PRE TESTE e PÓS TESTE). Todas as análises foram realizadas no software Medcalc (MedCalc Software Bvba, Ostend, Belgium), versão 18.11.6, tendo sido mantido um nível de significância de 5%.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 20 mulheres com idade variando entre 18 e 27 anos (média 22,8 ± 2,44 anos). Dezoito (90%) relataram já ter se ausentado de suas atividades laborais devido a sintomatologia dolorosa associada a DP. A Tabela 1 apresenta os dados gerais, histórico ginecológico e familiar das mulheres avaliadas.
Variável |
n (%) |
---|---|
Idade atual (anos) - média (dp) |
22,8 (2,44) |
Idade da menarca (anos) - média (dp) |
13,35 (1,59) |
Dia do ciclo atual |
|
Primeiro |
12 (60) |
Segundo |
7 (35) |
Terceiro |
1 (5) |
Histórico familiar de DP |
|
Sim |
17 (85) |
Não |
3(15) |
Características da dor |
|
Cólica supra púbica |
4 (20) |
Dor em duas regiões ou mais |
16 (80) |
No momento da avaliação todas as participantes do estudo estavam em seu período menstrual, quando 60% estavam no primeiro dia, 35% no segundo, e 5% no terceiro dia do início do fluxo menstrual. Além disso, todas relataram algum sintoma associado como náuseas (60%), cefaleia (65%), diarreia (80%), fadiga (80%), síncope (10%), tontura (25%) e vômito (15%). O tratamento medicamentoso foi relatado por todas as mulheres, entretanto nove delas (45%) relataram uso de algum outro recurso para alívio da sintomatologia dolorosa como compressa quente (5%), compressa fria (35%) e massagem (10%).
Antes do início da intervenção proposta no presente estudo, o nível de dor das estudantes variou entre 4 e 10 (6,1 ± 1,7) de acordo com escala numérica da dor. Após a realização do protocolo de intervenção, o nível da dor das participantes passou a variar entre 0 e 3 pontos (0,8 ± 1,1). O teste ANOVA two-way de medidas repetidas considerando como fator, grupo e avaliação, revelou efeito apenas para o fator avaliação (F = 173,16; p < 0,001), não apresentando efeito para a interação grupo/avaliação (F = 3,02; p = 0,09). A Figure 2 representa a variação dos níveis de dor antes e após a intervenção por grupo.
DISCUSSÃO
O presente estudo teve como objetivo comparar os efeitos de uma única sessão da TENS e da crioterapia no alívio de sintomas álgicos de mulheres com DP. Logo após a realização dos protocolos propostos foi observada uma redução da sintomatologia dolorosa das participantes de ambos os grupos, sem diferenças entre eles.
A DP é considerada uma doença complexa diante da variabilidade de intensidade de sintomas dolorosos e sistêmicos associados relatados27. Fadiga e diarreia foram os sintomas sistêmicos mais descritos pelas participantes do presente estudo, corroborando com estudos prévios28, 29, 30. Em mulheres saudáveis, a ocorrência de sintomas gastrointestinais é comum durante o período menstrual tendo sua etiologia também relacionada ao aumento dos níveis de prostaglandinas5. Esses sintomas, por sua vez, ocorrem frequentemente associados a sintomas emocionais como fadiga, sugerindo a interação entre vias hormonais, neuronais e gastrointestinais29, 30, 31.
Abordagens terapêuticas farmacológicas são descritas como principal recurso utilizado para o manejo dos sintomas da DP14. Esse achado foi confirmado pelos resultados do presente estudo quando todas as participantes relataram fazer uso de fármacos para o alívio da sintomatologia dolorosa. Apesar da alta frequência de utilização dessa abordagem, fármacos estão frequentemente relacionados com efeitos colaterais, o que leva a mulheres a buscarem recursos fisioterapêuticos e/ou terapias complementares para o alivio dos sintomas álgicos32. No presente estudo, apesar de 45% das participantes fazerem uso de alguma abordagem não farmacológica no tratamento da DP, essa não foi utilizada de forma exclusiva por nenhuma participante.
Dentre as abordagens fisioterapêuticas utilizada para o alívio da sintomatologia dolorosa de mulheres com DP, a TENS de alta frequência de pulso vem sendo utilizada com sucesso33, 34. Os efeitos desse recurso podem ser explicados por dois mecanismos. Primeiro, teoria das comportas da dor, onde a ativação de fibras sensoriais de maior diâmetro (Aβ) inibe fibras nociceptivas de menor diâmetro (C) na região dorsal da medula e, segundo, a ação de opioides endógenos de liberação rápida35 36.
No presente estudo, os resultados do Grupo TENS estiveram de acordo com os achados descritos na literatura. Em um estudo controlado, randomizado e duplo cego realizado com 40 brasileiras observou-se a efetividade da TENS não apenas para redução da sintomatologia dolorosa em mulheres com DP, mas também melhora em sua qualidade de vida37. Já Hai-Yan Bai et al.33 ao avaliarem 164 chinesas divididas aleatoriamente em dois grupos (grupo TENS e grupo controle), observaram uma redução da sintomatologia dolorosa e a necessidade de fármacos para o alívio da dor após a aplicação da TENS quando comparado ao grupo controle.
Apesar dos benefícios comprovados da TENS para o alívio da sintomatologia dolorosa em mulheres com DP, essa nem sempre é uma abordagem terapêutica acessível. O custo para aquisição do equipamento, necessidade de parametrização específica e do acompanhamento por um profissional especializado pode desencorajar o uso desse recurso. Diante dessas limitações, o presente estudo comparou os efeitos da TENS com um recurso fisioterapêutico de baixo custo, fácil acessibilidade e manuseio, amplamente utilizado para o alívio de sintomas dolorosos de diversas origens, a crioterapia.
Em estudos envolvendo mulheres com DP a crioterapia é uma abordagem que tem tido pouco destaque. Seu uso, entretanto, pode basear-se nos efeitos fisiológicos anti-inflamatório e analgésico, além da redução do metabolismo e velocidade de condução nervosa descritos na literatura38. Baseados nesses efeitos, os resultados do presente estudo demonstraram que o gelo também representa uma abordagem eficiente para o alívio da sintomatologia dolorosa em mulheres com DP. A ausência de superioridade entre os grupos, encoraja o uso da crioterapia diante de sua eficiência na modulação do quadro álgico.
Apesar do rigor metodológico empregado e dos resultados promissores apresentados no presente estudo, esse apresenta algumas limitações. Primeiro, o caráter transversal do estudo com a avaliação dos efeitos em uma única sessão que impossibilitou a avaliação dos efeitos cumulativos e a longo prazo das abordagens terapêuticas propostas; segundo, o número limitado de participantes e; terceiro, a seleção da amostra em um único centro universitário, o que limita generalizações. Esse, entretanto, é apenas um estudo piloto que demonstrou resultados positivos da TENS e crioterapia como abordagens no tratamento da DP. Sugere-se que estudos futuros de caráter longitudinal, envolvendo um maior número de sujeitos e outras variáveis como qualidade de vida, redução da necessidade de medidas farmacológicas e efeito cumulativo das abordagens sejam realizados.
CONCLUSÃO
Os resultados do presente estudo demonstraram que a TENS e a crioterapia são recursos que apresentam bons resultados para o alívio da sintomatologia dolorosa de mulheres com DP, não havendo superioridade entre as abordagens. Esses achados encorajam o uso da crioterapia para o alívio da dor em mulheres com DP.
Informações Adicionais
Conflitos de interesse: Os autores informam não haver conflitos de interesse relacionados a este artigo.
Contribuição individual dos autores:
Concepção e desenho do estudo: AHVA, GLG, RASJ
Análise e interpretação dos dados: RASJ, GLG
Coleta de dados: AHVA, RASJ
Redação do manuscrito: AHVA, LSS, VAN
Revisão crítica do texto: RASJ, GLG
Aprovação final do manuscrito*: AHVA, LSS, VAN, RASJ, GLG
Análise estatística: RASJ, GLG
Responsabilidade geral pelo estudo: GLG
*Todos os autores leram e aprovaram a versão final do manuscrito submetido para publicação da Rev Cienc Saude.
Informações sobre financiamento : não se aplica.