A Importância da Relação Médico-Paciente / The Importance of Doctor-Patient Relationship
Main Article Content
Abstract
Quando nos reportarmos a um passado não muito distante, lembramos como era habitual a existência de uma relação muito forte entre o médico, o paciente e seus familiares. Aquele médico da família, que acompanhava todos os seus integrantes ao longo da vida, não existe mais. Ou restam pouquíssimos. E infelizmente, depois do avanço da tecnologia, alguns passaram a admitir que o computador e a ressonância magnética, por exemplo, desempenham papel mais importante do que a atuação do médico. Qual a necessidade de conversar com o paciente quando é possível colocá-lo dentro de uma máquina e enxergá-lo por dentro?
Não podemos nos esquecer de que a ressonância magnética não é capaz de indicar, por exemplo, as condições sociais e culturais do doente. Não é capaz de diagnosticar tudo o que acontece com ele. Cito como exemplo, casos de síndrome do pânico: o indivíduo geralmente reporta um quadro de doença instalada e profundo mal estar, mas os exames não indicam nenhuma anormalidade. Nesse caso, o bom diagnóstico é feito apenas pela anamnese e através da relação entre o médico e o paciente.
A tecnologia avançada, a despeito dos seus benefícios, acabou colaborando para o esfriamento dessa importante interação. E por acreditar profundamente nisso, tenho pessoalmente procurado trazer à baila a discussão desse tema em congressos e campanhas no âmbito do associativismo e da academia.
Article Details
Authors maintain copyright and grant the HSJ the right to first publication. From 2024, the publications wiil be licensed under Attribution 4.0 International , allowing their sharing, recognizing the authorship and initial publication in this journal.
Authors are authorized to assume additional contracts separately for the non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
Authors are encouraged to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their personal page) at any point after the editorial process.
Also, the AUTHOR is informed and consents that the HSJ can incorporate his article into existing or future scientific databases and indexers, under the conditions defined by the latter at all times, which will involve, at least, the possibility that the holders of these databases can perform the following actions on the article.