Viés Cognitivo: Quando Ser Racional Não é o Bastante / Cognitive Bias: When Being Rational Is Not Enough
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Abstract
Você compra uma xícara de café e uma bala com R$ 1,10. O café custa R$ 1,00 a mais que a bala. Quanto custa a bala? Ok, essa foi fácil e certamente você respondeu 5 centavos. Não?! Então volte e tente novamente. Se sim, então podemos tentar uma outra um pouco mais difícil. Vamos considerar dois joguinhos nos quais você tem que decidir entre duas possibilidades, baseando-se apenas nas suas impressões quanto aos possíveis riscos e vantagens:
JOGO 1: Suponha duas possibilidades:
A – Você tem 25% de chance de ganhar 30 mil reais e 75% de ganhar nada.
B – Você tem 20% de chance de ganhar 45 mil reais e 80% de ganhar nada.
E então, você escolheria a alternativa A ou B?
Uma pesquisa sobre esse dilema foi publicada pelo Nobel em Economia Daniel Kahneman e seu colaborador Amos Tversky, num artigo de 1986. Eles mostraram que 42% das pessoas entrevistadas optaram pela alternativa A, enquanto 58% optaram por B. Analisando esses valores, vemos que nem mesmo com um teste estatístico rigoroso encontraríamos alguma diferença muito impressionante. Suas diferenças apenas sugerem uma pequena tendência mais conservadora por parte dos participantes. Isto porque a diferença de 5% entre A e B parece ser um risco razoável a se correr frente ao ganho de 15 mil reais. Ok, mas por hora coloquemos esse jogo de lado e vamos para um outro.
JOGO 2: A ideia geral é a mesma. Porém, agora o jogo ocorre em duas etapas. Desta vez você sabe que tem 25% de chance de ir para a segunda fase e, portanto, possui 75% de chance de não ir para a segunda fase do jogo. Porém, uma vez na segunda fase, você poderá escolher entre duas alternativas:
A – 100% de chance de ganhar 30 mil reais (ou seja, com certeza ganhará).
B – 80% de chance de ganhar 45 mil reais e 20% de ganhar nada.
E agora? Qual das duas alternativas você escolheria, A ou B?
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