Transplante Cardíaco: Modalidade de Tratamento para a Insuficiência Cardíaca / Heart Transplant: Method of Treatment for Heart Failure

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Alexandre Ciappina Hueb
Reginaldo Cipullo
Elias Kallás

Abstract

O transplante cardíaco é a melhor modalidade terapêutica para o tratamento da insuficiência cardíaca avançada. Os relevantes trabalhos desenvolvidos nas últimas décadas trouxeram enormes contribuições para o entendimento, o diagnóstico e o tratamento da insuficiência cardíaca. Naqueles indivíduos que não atingiram a fase refratária da insuficiência cardíaca, o tratamento clínico é a estratégia mais utilizada conferindo grande melhora na expectativa de vida.1

A insuficiência cardíaca, por sua alta morbimortalidade, constitui um problema de saúde pública na população adulta e, principalmente, geriátrica. O transplante cardíaco é, hoje, uma alternativa cirúrgica das mais utilizadas no tratamento das miocardiopatias irreversíveis, nas quais estão inclusas as insuficiências cardíacas graus III e IV. Esse tipo de transplante é responsável pela melhora da expectativa e da qualidade de vida de pacientes que possuem tais agravos.

O Brasil tem ocupado cada vez mais espaço no campo dos transplantes, com destaque na América Latina, e acima de tudo como país referência no transplante cardíaco na doença de Chagas, guiando condutas que são incorporadas no mundo todo.2

As doenças cardiovasculares têm importante impacto na saúde pública mundial, sendo que a insuficiência cardíaca insuficiência cardíaca aumenta sobremaneira a expectativa de vida e a longevidade dos indivíduos acometidos por essa patologia.3

Estima-se que nos Estados Unidos da América a insuficiência cardíaca apresente prevalência de 5,5 milhões de casos com incidência de 550 mil casos novos por ano e com mortalidade de 300 mil pacientes por ano. No Brasil, a insuficiência cardíaca já se tornou a primeira causa de internação hospitalar em pacientes acima de 60 anos de idade e a sexta causa de internação em pacientes entre 15 e 59 anos com gasto estimado acima de 400 milhões de reais em 2009.4

Em relação ao câncer, estudos americanos apontam que a insuficiência cardíaca apresenta maior mortalidade do que muitas modalidades de câncer, como bexiga, mama e próstata, perdendo apenas ao câncer de pulmão. Figura 1. 5



Article Details

How to Cite
1.
Hueb AC, Cipullo R, Kallás E. Transplante Cardíaco: Modalidade de Tratamento para a Insuficiência Cardíaca / Heart Transplant: Method of Treatment for Heart Failure. HSJ [Internet]. 2015 Dec. 18 [cited 2024 Nov. 4];5(4):3-12. Available from: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/542
Section
ESSAY
Author Biographies

Alexandre Ciappina Hueb, Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre- MG e Faculdade de Medicina de Itajubá - MG

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas "Dr José Antonio Garcia Coutinho" (1990), Residência em Cirurgia Geral (1992) e Cirurgia Cardiovascular (1996). Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2000). Atualmente é Professor Colaborador Médico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico Assistente da Divisão Cirúrgica do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Médico Assistente da Divisão Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professor Colaborador da Universidade do Vale do Sapucaí e Médico Responsável Técnico do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital das Clínicas Samuel Libânio da Universidade do Vale do Sapucaí. Professor da Faculdade de Medicina de Itajubá e Médico Responsável Técnico do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Itajubá

Reginaldo Cipullo, Faculdade de Medicina de Itajubá

Medico graduado pela Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá (1994), Especialização em Clínica Médica pelo Hospital Edmundo Vasconcelos (1997), Especialização em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (2000), Aperfeiçoamento em Emergências e UTI pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (2000), Especialização em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2002), Doutorado em Cirurgia Torácica e Cardiovascular na Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (2010). Atualmente é da Faculdade de Medicina de Itajubá e Médico Cardiologista do Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Itajubá

Elias Kallás, Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre- MG

Mestre em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (1976) Doutor em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (1986). Professor Titular da Faculdade de Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí (em exercício). Professor Orientador do Curso de Pós-Graduação em Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular da Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis, Servcor , Belo Horizonte (em exercício). Preceptor da Residência em Cardiologia do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (em exercício). Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (em exercício). Chefe do Serviço de Transplante renal do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (em exercício)

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