Modelos animais de indução das doenças inflamatórias intestinais: revisão integrativa

Conteúdo do artigo principal

Nadja Maria da Costa Melo
https://orcid.org/0000-0001-6850-2216
Marília Virgo Silva Almeida
Daniel Melo de Oliveira Campos
https://orcid.org/0000-0003-4016-3018
Claudio Bruno Silva de Oliveira
https://orcid.org/0000-0003-3957-7678
Jonas Ivan Nobre Oliveira
https://orcid.org/0000-0003-1646-921X

Resumo

Objetivo: Identificar e descrever de forma comparativa os modelos químicos de indução das doenças inflamatórias intestinais (DII) em roedores mais utilizados e que melhor mimetizam a patogênese em humanos. Métodos: a partir de uma revisão integrativa nas bases de dados MEDLINE e LILACS, investigou-se quais os modelos de indução experimental mais citados nos artigos publicados no período de 2004 a 2020, com os descritores “Colite/CI", “Modelo de colite ulcerativa” e “Modelo de inflamação intestinal”. Foram incluídos todos os artigos empíricos que abordassem um ou mais modelos de inflamação em ratos ou camundongos. Resultados: 239 artigos foram identificados; destes, somente dez artigos empíricos foram selecionados. Os modelos mais utilizados foram o de colite induzida por ácido TNBS, por DSS e colite induzida por ácido acético (AA). Conclusão: Foi possivel identificar os modelos mais utilizados para promover a indução da inflamação intestinal em ratos e ambos os modelos se mostraram eficazes de acordo com seu protocolo de indução. Ficaram claras as limitações observadas nos modelos já descritos, sugerindo a necessidade de novos trabalhos que utilizem protocolos mais bem definidos e que representem de forma mais integral a complexidade fisiopatológica da doença.



Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Melo NM da C, Almeida MVS, Campos DM de O, Oliveira CBS de, Oliveira JIN. Modelos animais de indução das doenças inflamatórias intestinais: revisão integrativa. HSJ [Internet]. 23º de março de 2021 [citado 22º de novembro de 2024];11(1):80-7. Disponível em: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/1056
Seção
ARTIGO ORIGINAL
Biografia do Autor

Nadja Maria da Costa Melo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Estudante de Mestrado em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.

Marília Virgo Silva Almeida, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Estudante de Mestrado em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.

Daniel Melo de Oliveira Campos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduação em Biomedicina com habilitação em Imagenologia e Especialização em Tomografia e Ressonância Magnética pela Universidade Potiguar (UNP). Mestrado em Ciências Biológicas pelo Departamento de Biofísica e Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutorando em Bioquímica e Biologia Molecular da UFRN. Diretor de Assuntos Culturais e Científicos da Associação dos Biomédicos do Rio Grande do Norte (ABRN) e revisor da International Journal of Antimicrobial Agents.

Claudio Bruno Silva de Oliveira, Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes. Natal, RN, Brasil.

Biomédico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutor em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos (Área de Farmácia) (UFRN). Mestre em Ciências Biológicas pela UFRN (Foco em Parasitologia). Especialista em Microbiologia Clínica e Laboratorial pela Universidade Potiguar.

Jonas Ivan Nobre Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduado em Biomedicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Docência pela Universidade Potiguar (UNP). Mestre em Ciências Biológicas e Doutor em Bioquímica e Biologia Molecular pela UFRN. Atualmente é Professor Titular em Imanenologia /Biomedicina no Departamento de Biofísica e Farmacologia da UFRN.

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