Avaliação do equilíbrio funcional de crianças com comprometimentos sensoriais submetidos a hipoterapia

Conteúdo do artigo principal

Janaine Brandão Lage
https://orcid.org/0000-0002-1712-5593
Lorena Fuchs Silva
Marilia Carvalho Borges
https://orcid.org/0000-0002-6992-7272
Gabriel Nogueira Nascentes
https://orcid.org/0000-0002-8934-6619
Isabella Cecílio Resende Ferreira
Vicente de Paula Antunes Teixeira
https://orcid.org/0000-0002-0195-8646
Ana Paula Espindula
https://orcid.org/0000-0002-9282-4482

Resumo

Objetivo: avaliar o equilíbrio funcional de crianças com comprometimentos sensoriais submetidos a hipoterapia. Métodos:participaram 24 crianças, de ambos os sexos, alocadas igualmente em três grupos: paralisia cerebral (PC), síndrome de Down (SD) e deficiência intelectual (DI) com as respectivas faixas etárias (10,71 ± 2,69 anos), (12,83 ± 2,64 anos) e (11 ± 1,69 anos). Foram realizados 15 atendimentos na hipoterapia com os materiais de montaria específicos para cada grupo. Para avaliação do equilíbrio funcional foi utilizada a Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), antes do 1º e após 15° atendimento (momentos pré e pós) na hipoterapia. Os dados foram analisados por meio dos testes Shapiro-Wilk (normalidade), teste Bartlett (homogeneidade) e, entre os momentos pré e pós-atendimentos, o teste t-pareado (intra grupos) e ANOVA com testes de múltiplas comparações de Bonferroni(inter grupos), com significância estatística para p < 0,05. Resultados: no pós-atendimento houve aumento na pontuação da EEP para os três grupos (intra grupos) com significância para crianças com DI (p = 0,003) e SD (p = 0,033); o grupo PC apresentou menor pontuação (inter grupos) em ambos os momentos, pré (p = 0,003) e pós (p = 0,002) atendimentos. Conclusão: a hipoterapia contribuiu para o equilíbrio funcional de crianças com comprometimentos sensoriais distintos, de acordo com o diagnóstico clínico e o material de montaria específicos para grupo, podendo assim, ser considerado um método terapêutico com benefícios relevantes quanto aos aspectos sensoriais das populações envolvida.



Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Lage JB, Silva LF, Borges MC, Nascentes GN, Ferreira ICR, Teixeira V de PA, Espindula AP. Avaliação do equilíbrio funcional de crianças com comprometimentos sensoriais submetidos a hipoterapia. HSJ [Internet]. 23º de junho de 2021 [citado 3º de julho de 2024];11(2):51-8. Disponível em: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/1072
Seção
ARTIGO ORIGINAL
Biografia do Autor

Janaine Brandão Lage, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Fisioterapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de Uberaba, MG.

Lorena Fuchs Silva, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Marilia Carvalho Borges, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).

Gabriel Nogueira Nascentes, Instituto Federal do Triângulo Mineiro

Doutor em Medicina Tropical e Infectologia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Docente do Instituto Federal do Triângulo Mineiro - nível técnico, superior e pós-graduação.

Isabella Cecílio Resende Ferreira, Universidade de Uberaba

Acadêmica do 3º ano de Medicina da Universidade de Uberaba.

Vicente de Paula Antunes Teixeira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais, Docente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Ana Paula Espindula, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Pós-doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Docente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Referências

1. Kleiner AFR, Schlittler DXC, Sánchez-Arias MDR. O papel dos sistemas visual, vestibular, somatosensorial e auditivo para o controle postural. Rev Neurocienc. 2011;19(2):349-57. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8382
2. Sibley KM, Beauchamp MK, Van Ooteghem K, Straus SE, Jaglal SB. Using the systems framework for postural control to analyze the components of balance evaluated in standardized balance measures: a scoping review. Arch Phys Med Rehab. 2015;96(1):122-132. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2014.06.021 PMid:25073007
3. Victorio LVG, Fujisawa DS. Influence of age, sex, and visual information on postural control in children. Motriz: J Phys Ed. 2019;25(1):e101978. https://doi.org/10.1590/s1980-6574201900010017
4. Sá CDSC, Boffino CC, Ramos RT, Tanaka C. Development of postural control and maturation of sensory systems in children of different ages a cross-sectional study. Braz J Phys Ther. 2018;22(1):70-6. https://doi.org/10.1016/j.bjpt.2017.10.006 PMid:29239806 PMCid:PMC5816079
5. Rosenbaum P. Cerebral palsy: is the concept still viable? Dev Med Child Neurol. 2017;59(6):564. https://doi.org/10.1111/dmcn.13418 PMid:28463457
6. Malak R, Kostiukow A, Krawczyk-Wasielewska A, Mojs E, Samborski W. Delays in motor development in children with Down syndrome. Med Sci Monit. 2015;21:1904-10. https://doi.org/10.12659/MSM.893377 PMid:26132100 PMCid:PMC4500597
7. Martinez-Morga M, Martinez S. Plasticidad neural: la sinaptogenesis durante el desarrollo normal y su implicacion en la discapacidad intelectual. Rev Neurol. 2017;64(Suppl. 1):S0-50. https://doi.org/10.33588/rn.64S01.2017048
8. APA. American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. DSM-5. Porto Alegre: Artmed; 2014.
9. ANDE-Brasil. Associação Nacional de Equoterapia [Internet]. [accessed 2021 May 6]. Available from: http://equoterapia.org.br
10. Wood WH, Fields BE. Hippotherapy: a systematic mapping review of peer-reviewed research, 1980 to 2018. Disabil Rehabil. 2019;6:1-25. https://doi.org/10.1080/09638288.2019.1653997 PMid:31491353
11. Tauffkirchen E. Hippotherapie. In: Lohse-Busch H., Riedel M., Graf-Baumann T. (eds) Das therapeutische Angebot für bewegungsgestörte Kinder. Berlin, Heidelberg: Springer; 2001. pp. 81-99. Avaiable from: https://doi.org/10.1007/978-3-642-59567-7_9
12. Spink J. Developmental riding therapy: a team approach to assessment and treatment. Pediatric Physical Therapy. 1994;6(4):223. https://doi.org/10.1097/00001577-199400640-00023
13. Uchiyama H, Ohtani N, Ohta M. Three-dimensional analysis of horse and human gaits in therapeutic riding. Appl Anim Behav Sci. 2011;135(4):271-6. https://doi.org/10.1016/j.applanim.2011.10.024
14. Diniz LH, Mello EC, Ribeiro MF, Lage JB, Bevilacqua Júnior DE, Ferreira AA, et al. Impact of hippotherapy for balance improvement and flexibility in elderly people. J Bodyw Mov Ther. 2020;24(2):92-7. https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2019.10.002 PMid:32507159
15. Araujo TB, Martins WR, Freitas MP, Camargos E, Mota J, Safons MP. An exploration of equine-assisted therapy to improve balance, functional capacity, and cognition in older adults with Alzheimer disease. J Geriatr Phys Ther. 2019;42(3):E155-60. https://doi.org/10.1519/JPT.0000000000000167 PMid:29630005
16. Costa JVL, Serrão Júnior NF, Luvizutto GJ, Araujo TB, Safons MP, Rezende ALG. Efeitos da equoterapia sobre o equilíbrio estático e dinâmico no transtorno neurocognitivo maior ou leve devido à Doença de Huntington. Fisioter Bras. 2018;19(2):215-22. https://doi.org/10.33233/fb.v19i2.2131
17. Costa VSF, Silva HM, Azevêdo M, Silva AR, Cabral LLP, Barros JF. Effect of hippotherapy in the global motor coordination in individuals with Down Syndrome. Fisioter Mov. 2017;30(Suppl.1):229-40. https://doi.org/10.1590/1980-5918.030.s01.ao22
18. Stergiou A, Tzoufi M, Ntzani E, Varvarousis D, Beris A, Ploumis A. therapeutic effects of horseback riding interventions: A systematic review and meta-analysis. Am J Phys Med Rehabil. 2017;96(10):717-25. https://doi.org/10.1097/PHM.0000000000000726 PMid:28252520
19. Palisano R, Rosenbaum P, Bartlett D, Livingston M. GMFCS – E & R. Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (brazilian version) (translated by Silva DBR, Pfeifer LI, Funayama CAR). CanChild Centre for Childhood Disability Research. 2007 [cited 2021 May 7]:1-6. Available from: https://bit.ly/3xPkOPU
20. Lage JB, Ribeiro MF, Teixeira VPA, Rosa RC, Ferreira AA, Espindula AP. Effect of horse riding equipment in activity of trunk and lower limb muscles in equine-assisted therapy. Acta Sci Health Sci. 2020;42:e52739. https://doi.org/10.4025/actascihealthsci.v42i1.52739
21. Ries LGK, Michaelsen SM, Soares PSA, Monteiro VC, Allegretti KMG. Cross-cultural adaptation and reliability analysis of the Brazilian version of Pediatric Balance Scale (PBS). Rev Bras Fisioter. 2012;16(3):205-15. https://doi.org/10.1590/S1413-35552012005000026 PMid:22699691
22. Uzun ALL. Equoterapia: aplicação em distúrbios do equilíbrio. São Paulo: Vetor, 2005.
23. Oliveira Junior E, Soeth PR, Paixão AFV, Antunes FD. equilíbrio postural em crianças com deficiência intelectual. J Health Sci [Internet]. 2018 [cited 2021 May 7];20(2):140-5. Avaiable from: https://bit.ly/3eqetCJ
24. Ambrozy T, Mazur-Rylska A, Chwała W, Ambrozy D, Mucha T, Omorczyk J, et al. The role of hippotherapeutic exercises with larger support surface in development of balance in boys aged 15 to 17 years with mild intellectual disability. Acta Bioeng Biomech. 2017;19(4):143-51. https://doi.org/10.5277/ABB-00776-2016-04
25. Dupre C, Weidman-Evans E. Musculoskeletal development in patients with Down syndrome. JAAPA. 2017;30(12):38-40. https://doi.org/10.1097/01.JAA.0000526779.77230.79 PMid:29210907
26. Oliveira LS, Golin MO. Técnica para redução do tônus e alongamento muscular passivo: efeitos na amplitude de movimento de crianças com paralisia cerebral espástica. ABCS Health Sci. 2017;42(1):27-33. https://doi.org/10.7322/abcshs.v42i1.946
27. Graham HK, Rosenbaum P, Paneth N, Dan B, Lin JP, Damiano DL, et al. Cerebral palsy. Nat Rev Dis Primers. 2016;2:15082. https://doi.org/10.1038/nrdp.2015.82 PMid:27188686
28. Leite JC, Neves JCJ, Victor LGV, Fujisawa DS. Evaluation of postural control in children and adolescents with Down Syndrome aged eight to twelve years old. J Hum Growth Dev. 2018;28(1):50-7. https://doi.org/10.7322/jhgd.127335
29. Trindade AS, Nascimento MA. Avaliação do desenvolvimento motor em crianças com Síndrome de Down. Rev Bras Ed Esp. 2016;22(4):577-88. https://doi.org/10.1590/s1413-65382216000400008
30. Van Der Krogt MM, Bar-On L, Kindt T, Desloovere K, Harlaar J. Neuro-musculoskeletal simulation of instrumented contracture and spasticity assessment in children with cerebral palsy. J Neuroeng Rehabil. 2016;13(1):64. https://doi.org/10.1186/s12984-016-0170-5 PMid:27423898 PMCid:PMC4947289
31. Beinotti F, Correia N, Christofoletti G, Borges G. Use of hippotherapy in gait training for hemiparetic post-stroke. Arq Neuropsiquiatr. 2010;68(6):908-13. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2010000600015 PMid:21243251
32. Pedebos BM, Porto LB, Copetti F, Balk RS. Avaliação do controle postural e sua relação com o hemisfério acometido em pacientes com acidente vascular cerebral praticando equoterapia. Fisioter Bras [Internet]. 2014 [cited 2021 May 7];15(1):22-8. Avaiable from: https://bit.ly/3vPSqLU
33. Araújo TB, Martins WR, Blasczyk JC, Feng YH, Oliveira RI, Copetti F, et al. Efeito da equoterapia no equilíbrio de idosos: uma revisão sistemática com metanálise. R Bras Ci Mov [Internet]. 2018 [cited 2021 May 7];26(3):178-84. Avaiable from: https://bit.ly/3o6d9IJ
34. Kwon JY, Chang HJ, Lee JY, Ha Y, Lee PK, Kim Y-H. Effects of hippotherapy on gait parameters in children with bilateral spastic cerebral palsy. Arch Phys Med Rehabil. 2011;92:774-9. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2010.11.031 PMid:21530725
35. Okamoto K, Nagai T, Miyawaki A, Hayashi Y. Rapid and persistent modulation of actin dynamics regulates postsynaptic reorganization underlying bidirectional plasticity. Nat Neurosci. 2004;7:1104-12. https://doi.org/10.1038/nn1311 PMid:15361876