Adaptação transcultural do Subjective Index of Physical and Social Outcome (SIPSO) para aplicação no Brasil

Conteúdo do artigo principal

Natália Batista Castilho de Avellar
https://orcid.org/0000-0003-1684-4593
Edvania Andrade de Moura Silva
https://orcid.org/0000-0001-9879-0298
Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela
https://orcid.org/0000-0001-8358-8636
Christina DCM Faria
https://orcid.org/0000-0001-9784-9729
Iza Faria-Fortini
https://orcid.org/0000-0002-0104-1547

Resumo

Objetivo: A restrição na participação é uma consequência significativa para indivíduos pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC). No Brasil, não há instrumentos disponíveis que contemplem de forma abrangente a participação nesta população. Portanto, o objetivo deste estudo foi adaptar transculturalmente o Subjective Index of Physical and Social Outcome(SIPSO) para uso no Brasil. O SIPSO é um questionário com 10 itens, abrangendo questões de participação consideradas significativas para indivíduos pós-AVC. Métodos: O processo de adaptação transcultural envolveu as seguintes etapas: tradução, retrotradução, síntese das traduções, análise por um comitê de especialistas e teste da versão pré-final. Resultados: Observou-se equivalência semântica adequada entre as versões original e retrotraduzida. Durante a reunião de especialistas, foi realizada adequação dos itens às regras gramaticais da língua portuguesa. No teste da versão pré-final, em um item do instrumento foi reportada dificuldade de compreensão, sendo acrescentado um exemplo para ampliar a possibilidade de compreensão do item. Conclusão: O SIPSO-Brasil apresentou satisfatório grau de equivalência semântica, idiomática, cultural, conceitual e operacional. Contudo, estudos posteriores devem ser realizados para a continuidade da investigação da validade da versão adaptada do instrumento.



Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Avellar NBC de, Silva EA de M, Teixeira-Salmela LF, Faria CD, Faria-Fortini I. Adaptação transcultural do Subjective Index of Physical and Social Outcome (SIPSO) para aplicação no Brasil. HSJ [Internet]. 22º de dezembro de 2021 [citado 25º de novembro de 2024];11(4):37-45. Disponível em: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/1133
Seção
ARTIGO ORIGINAL
Biografia do Autor

Natália Batista Castilho de Avellar, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Psicologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Departamento de Terapia Ocupacional, UFMG. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Edvania Andrade de Moura Silva, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mestranda em Estudos da Ocupação (UFMG). Departamento de Terapia Ocupacional, UFMG. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora Titular aposentada do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Christina DCM Faria, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora Associada do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Iza Faria-Fortini, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora Adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais. 

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