Tendência da mortalidade por Paracoccidioidomicose no Brasil – 1996 a 2020
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Resumo
Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por paracoccidioidomicose (PCM) e caracterizar o perfil sociodemográfico no Brasil e suas regiões geográficas numa série temporal de 25 anos. Métodos: Trata-se de estudo ecológico de séries temporais. Considerou-se como participantes do estudo a população brasileira dividida em faixas etárias, que tiveram como causa básica do óbito a PCM. Para calcular a variação percentual anual (VPA) dos coeficientes, na análise de tendência, foi utilizada a regressão de Prais-Winsten. Os coeficientes de mortalidade foram calculados a nível nacional, segundo as regiões geográficas, sexo e faixa etária e proporcional para as demais variáveis. Resultados: De acordo com os resultados deste estudo, ocorreram 2.101 óbitos por PCM no Brasil. A tendência ao longo dos 25 anos evidenciou um comportamento estável nas regiões Norte e Nordeste. Já no Sul, Sudeste e Centro-Oeste houve uma tendêndia de queda. A mortalidade média no Brasil foi de 84,04/100 mil hab., VPA -3,29 (IC 95% -2,43; -4,14). Levando em consideração a análise dos aspectos sociodemográficos, houve um predomínio de escolaridade ignorada (764; 36%), raça/ cor da pele branca (1.109; 53%), estado civil misto: casado (942; 45%) e solteiro (640; 30%), local de ocorrência do óbito predominantemente no âmbito hospitalar (1.852; 88%). Conclusão: Tanto no Brasil como nas regiões geográficas Sudeste, Sul e Centro-Oeste a mortalidade por PCM apresentou-se com tendência temporal decrescente. Já nas regiões Nordeste e Norte a tendência foi estacionária. O perfil sociodemográfico dos pacientes que foram a óbito apontou para sexo masculino, adultos, de baixa escolaridade, brancos e casados.
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