O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death
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Resumo
Morrer, expressão fria, não inspiradora, devastadora de sonhos, de amores. Certeza única em nossa vida. Ocorre, mais cedo ou mais tarde, de forma branda ou arrebatadora, sutil ou amargurante, suave ou sofrida.
Momento em que precisamos agir de determinado jeito para elaborarmos e vivermos a perda, acompanhando a despedida de quem nos é caro e para convivermos adequadamente com a fase do luto. Aí se faz importante a realização do ritual, o qual andou se perdendo na atualidade, não valorizado pela frieza asséptica da morte moderna e que
precisa ter retomado o seu valor, já que “... realizar a ação ritual
significa conter o pensamento dentro das malhas da ação clara e significativa”.1
Não se pode atribuir uma fórmula ou um valor fixo ao rito, mas é certo que não é inútil. Ele representa a nossa história: quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque amamos e também, porque ali, no rito de morte, estamos sofrendo. É o momento de olharmos para aquele de quem nos despedimos e nos enxergarmos nele; de repensar o valor de nossa história, a intensidade do nosso amor, os caminhos e descaminhos de nossa vida juntos.
Todo rito de morte, quando esta ocorre lentamente, como no caso de doenças prolongadas, nos prepara para a vivência do luto. Isso é fundamental, pois “o rito equivale a uma ação formal prescrita para ocasiões que vão além da rotina cotidiana teológica, correspondendo uma referência à crença em seus poderes místicos”.1
Nesse momento, precisamos dessas crenças, de apegarmo-nos ao Sagrado, independente da concepção que cada um faça deste.Detalhes do artigo
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