Eficácia da campanha “Outubro Rosa” no rastreamento do câncer de mama baseada no BIRADS®
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Introdução: O câncer de mama é a segunda neoplasia mais comum entre as mulheres do mundo e a causamais frequente de óbitos. A mamografia é o principal método de imagem para o rastreio e diagnóstico precoce. Objetivo: Analisar o impacto da política de saúde da campanha “Outubro Rosa” sobre o diagnóstico precocedo câncer de mama e os resultados de suas estratégias de marketing social. Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, a partir da coleta e análise deregistros de mamografias no SISMAMA, padronizados no Breast Imaging Reporting and Data System(BIRADS®) realizado em um hospital quaternário no ano de 2016. Resultados: Foram realizadas 1.844 mamografias no serviço de diagnóstico por imagem. A análise do número de exames realizados nos meses anteriores (janeiro a setembro) e posteriores (outubro a dezembro)à campanha evidenciou um aumento estatisticamente significativo no número médio de exames após o“Outubro Rosa” (125,8 exames/mês vs 237,3 exames/mês; p = 0,003). Observou-se que a categoriaBIRADS® 2 (achados mamográficos benignos) representou a maioria dos resultados (40,9%). Não houve diferença estatisticamente significativa entre a categorização BIRADS® para o mês de outubro emcomparação com os demais meses do ano. Conclusão: Foi possível demonstrar que a campanha do “Outubro Rosa” cumpriu seu objetivo, como políticade saúde pública, de estimular o rastreamento do câncer de mama pelas mulheres brasileiras.
Detalhes do artigo
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem ao HSJ o direito de primeira publicação. A partir de 2024, as publicações serão licenciadas sob a Attribution 4.0 International , permitindo seu compartilhamento, reconhecendo a autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores estão autorizados a assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicação em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores são incentivados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer momento após o processo editorial.
Além disso, o AUTOR fica informado e consente que o HSJ possa incorporar seu artigo em bases de dados e indexadores científicos existentes ou futuros, nas condições definidas por estes a cada momento, o que envolverá, pelo menos, a possibilidade de que os titulares de esses bancos de dados podem executar as seguintes ações no artigo.
Referências
2. Azevedo DB, Moreira JC, Gouveia PA, Tobias GC, Morais Neto OL. Perfil de mulheres com câncer de mama. Rev Enferm UFPE. 2017;11(6):2264-72.
3. Azevedo e Silva G, Souza-Júnior PRB, Damacena GN, Szwarcwald CL. Detecção precoce do câncer de mama no Brasil: dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev Saúde Pública. 2017;51(Supl 1):14s. DOI: 10.1590/s1518-8787.2017051000191
4. Haddad C F. Análise dos resultados de mamografias de rastreamento realizadas em um serviço público do interior de Minas Gerais. Rev Bras Mastologia. 2016;26(4):175-80. DOI: 10.5327/Z201600040007RBM
5. Shapiro S, Venet W, Strax P, Venet L, Roeser R. Ten- to fourteen-year effect of screening on breast cancer mortality. J Natl Cancer Inst. 1982;69(2):349-55.
6. BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Ministério da Saúde. Mamografia: da prática ao controle. Recomendação para profissionais de saúde. Rio de Janeiro: INCA,2007.
7. Freitas AG, Kemp C, Louveira MH, Fujiwara SM, Campos LF. Mamografia digital: perspectiva atual e aplicações futuras. Radiologia Bras. 2006;39(4):287-96.DOI: 10.1590/S0100-39842006000400012
8. CBR, Boletim CBR. Outubro Rosa. Informativo. 2013;n305:16-9. Disponível em: https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2017/08/pdf/Boletim-CBR-Outubro-2013.pdf
9. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil/ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015. 168
10. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011;160.
11. Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Sistema de informação do controle do câncer de mama (SISMAMA) e do câncer do colo do útero (SISCOLO): manual gerencial / Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Rio de Janeiro: INCA, 2011
12. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Sistema de informação do câncer: manual preliminar para apoio à implantação /Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rio de Janeiro: INCA, 2013;143.
13. Vieira AV, Toigo FT. Classificação BI-RADS™: Categorização de 4.968 mamografias. Radiologia Bras. 2002; 35 (4): 205-8.
14. American College of Radiology. Breast Imaging Reporting and data system (BI-RADS®). ACR BI-RADS Atlas 5 th Edition 2013.
15. Martins CA, Guimarães RM, Silva RLPD, Ferreira APS, Gomes FL, Sampaio JRC et al. Evolução da Mortalidade por Câncer de Mama em Mulheres Jovens: Desafios para uma Política de Atenção Oncológica. Rev Bras Cancerol.2013;59(3):341-9.
16. Martins AFH, Barbosa TRC, Cezar LC. Análise da Campanha Outubro Rosa de prevenção do câncer de mama em Viçosa, MG. Revista de Ciências Humanas. 204;14(2): 539-56.
17. Vazzoller PR, Fernandes YCF, Gotardo BA, Ruhnke J, Gomes DS. Impact of the Pink October in the mammographic screen-ing adherence in a reference center in oncology. Mastology, 2017;27(3):194-8. DOI: 10.5327/Z2594539420170000212