Perfil farmacoterapêutico em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-ad) do Nordeste brasileiro
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Objetivo: Verificar o perfil farmacoterapêutico de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Drogas (CAPS-ad) de uma capital do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo exploratório, descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa, realizado em usuários de drogas maiores de 18 anos, sem distinção de sexo e etnia. Os dados (medicamentos, diagnóstico clínico, uso de drogas ilícitas, entre outros) foram coletados dos prontuários do serviço. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva (frequências absoluta e relativa, média e desvio padrão). Resultados: Foram analisados 60 prontuários de pacientes em acompanhamento no CAPS-ad, sendo 83,3% do sexo masculino, com predomínio de pacientes com faixa etária entre 30 a 39 anos (35%), ensino fundamental incompleto (40%) e diagnóstico CID-10 F19 (transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas; 45%). A classe medicamentosa mais prescrita foi a dos benzodiazepínicos (23,8%), sendo preponderante o uso do princípio ativo clonazepam (15,4%), seguida dos antidepressivos (16,1%), com a amitriptilina (4,9%) sendo o mais prescrito quando comparado com outros da mesma classe. Conclusão: O estudo permitiu ressaltar a importância do papel do farmacêutico junto à equipe de saúde visando promover o uso racional dos medicamentos bem como o controle das reações adversas e êxito na terapia medicamentosa.
Detalhes do artigo
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem ao HSJ o direito de primeira publicação. A partir de 2024, as publicações serão licenciadas sob a Attribution 4.0 International , permitindo seu compartilhamento, reconhecendo a autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores estão autorizados a assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicação em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores são incentivados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer momento após o processo editorial.
Além disso, o AUTOR fica informado e consente que o HSJ possa incorporar seu artigo em bases de dados e indexadores científicos existentes ou futuros, nas condições definidas por estes a cada momento, o que envolverá, pelo menos, a possibilidade de que os titulares de esses bancos de dados podem executar as seguintes ações no artigo.
Referências
World Health Organization (WHO). Global status report on alcohol and health 2018. Geneva:WHO; 2018 [cited 2020 Jul 27]. Avaiable from: apps.who.int/iris/handle/10665/274603
Ministério da Saúde (BR). Fundação Oswaldo Cruz. III Levantamento nacional sobre o uso de drogas pela população brasileira. Rio de Janeiro: ICICT/FIOCRUZ; 2017.
Ministério da Justiça e Cidadania (BR). Efeitos de substâncias psicoativas: módulo 2. 11. ed. Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas; 2017[cited 2020 Jul 10]. 146 p. Avaiable from : www.supera.org.br/@/material/mtd/pdf/SUP/SUP_Mod2.pdf
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Brasília, DF; 2011[cited 2020 Jul 08]. Avaiable from: bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html
Borba LO, Maftum MA, Vayego SA, Kalinke LP, Ferreira ACZ, Capistrano FC, et al. Perfil do portador de transtorno mental em tratamento no centro de atenção psicossocial (CAPS). Rev Min Enferm. 2017;21:e1010. doi: 10.5935/1415-2762.20170020
Araújo SHM. Perfil farmacoterapêutico de adolescentes usuários de um centro de atenção psicossocial álcool e drogas infanto juvenil do estado de Goiás [Dissertation]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás; 2017 [cited 2019 Oct 19]. Avaiable from: repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/7570.
Franskoviak LD, da Silva TE, da Silva Carlotto M, Batista EC. Perfil epidemiológico de usuários de psicotrópicos de um CAPS da Zona da Mata do Estado de Rondônia. RIES. 2018 [cited 2020 Jul 27];7(1):68-82. Avaiable from: periodicos.uniarp.edu.br/index.php/ries/article/view/1128/760
Secoli SR. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Rev Bras Enferm. 2010;63(1):136-140. doi: 10.1590/S0034-71672010000100023
Maciel SC, Silva FF, Pereira CA, Dias CCV, Alexandre TMO. Cuidadoras de dependentes químicos: um estudo sobre a sobrecarga familiar. Psicol Teor Pesq. 2018;34:e34416. doi: 10.1590/0102.3772e34416
Miotto MHMB, Alves NF, Calmon MV, Barcellos LA. Impacto dos problemas orais na qualidade de vida de dependentes químicos em recuperação num Centro de tratamento. Port J Public Health. 2017;35(1):30-6. doi: 10.1159/000477647
Paiva HND, Silva CJDP, Galo R, Zarzar PM, Paiva PCP. Associação do uso de drogas lícitas e ilícitas, sexo e condição socioeconômica entre adolescentes de 12 anos de idade. Cad Saúde Colet. 2018;26(2):153-59. doi: 10.1590/1414-462x201800020048
Fernandes MA, Pinto KLC, Teixeira Neto JA, Magalhães JM, Carvalho CMS, de Oliveira ALCB. Transtornos mentais e comportamentais por uso de substâncias psicoativas em hospital psiquiátrico. SMAD Rev Eletr Saúde Mental Álcool Drog. 2018;13(2):64-70. doi: 10.11606/issn.1806-6976.v13i2p64-70
Azevedo RCS, Oliveira KD, Lima e Silva LFA, Koller K, Marques ACPR, Ribeiro M. 13. Associação Brasileira de Psiquiatria. Abuso e Dependência de Múltiplas Drogas [Internet]. 2012 [cited 2020 Jul 27]. Avaiable from: diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/abuso_e_dependência_de_multiplas_drogas.pdf
Freitas J, Lima M, Santos J, Lopes D, Barbosa V, Pachú CO. Consumo de álcool: influência familiar entre escolares. Biofarm [Internet]. 2015[cited 2019 Oct 23];10(3):35-7. Avaiable from: revista.uepb.edu.br/index.php/biofarm/article/view/2605
Diehl A, Cordeiro D, Laranjeira R (eds). Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas. Porto Alegre: Artmed Editora; 2018.
Garbutt JC, West SL, Carey TS, Lohr KN, Crews FT. Pharmacological treatment of alcohol dependence: a review of the evidence. JAMA. 2009;281:1318-25. doi: 10.1001/jama.281.14.1318
Sachdeva A, Choudhary M, Chandra M. Alcohol Withdrawal Syndrome: Benzodiazepines and Beyond. J Clin Diagn Res. 2015;9(9):VE01-VE07. doi: 10.7860/JCDR/2015/13407.6538
Jesus RS, Sangoi, RS, Taschetto PL, de Brum TF, Piana M, Limberger JB. Perfil farmacoterapêutico de usuários de crack internados em hospital público de Santa Maria-RS. RDS [Internet]. 2016 [cited 2019 Sep 19];15(1):37-46. Avaiable from: periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/1063
Blevins D, Wang X, Sharma S, Ait‐Daoud N. Impulsiveness as a predictor of topiramate response for cocaine use disorder. Am J Addict. 2019;28(2):71-6. doi:10.1111/ajad.12858
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Transtornos de ansiedade [Internet]. 2013 [cited 2020 Jul 27]. Avaiable from: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33884/412285/Boletim+Sa%C3%BAde+e+Economia+n%C2%BA+10/a45e002d-df42-4345-a3a2-67bf2451870c
Garbutt JC. Efficacy and tolerability of naltrexone in the management of alcohol dependence. Curr Pharm Design. 2019;16(19):2091-7. doi: 10.2174/138161210791516459
Rösner S, Hackl-Herrwerth A, Leucht S, Vecchi S, Srisurapanont M, Soyka M. Opioid antagonists for alcohol dependence. Cochrane Database Syst Rev. 2010;12:CD001867. doi: 10.1002/14651858.CD001867.pub3
Collins GB, McAllister MS, Adury K. Drug adjuncts for treating alcohol dependence. Cleve Clin J Med. 2006;73(7):641-52. doi: 10.3949/ccjm.73.7.641
Associação Brasileira de Psiquiatria. Abuso e dependência: crack. Rev Assoc Med Bras. 2012;58(2):141-53. doi: 10.1590/S0104-42302012000200008
Andrade JM, de Souza FAF, Duarte JF, Leite PIP, de Medeiros P MC. Avaliação da adesão ao tratamento com antidepressivos em pacientes de uma farmácia pública no interior do Ceará. Rev Mult Psicol. 2018;12(42):203-12. doi: 10.14295/idonline.v12i42.1306
Silva JC, Dullius CL, Castoldi DR. A relação entre o uso de psicofármacos e o processo de psicoterapia na infância. Rev Psicol [Internet]. 2011 [cited 2019 Sep 28];2(1):86-94. Avaiable from: www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/77