Presença de dor após o acidente vascular cerebral e sua relação com a função e a qualidade de vida
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Resumo
Objetivo: Avaliar a presença da dor em indivíduos com acidente vascular cerebral (AVC) e sua relação com o desempenho funcional e a qualidade de vida (QV). Métodos: Estudo transversal onde 50 indivíduos com AVC atendidos em um centro de reabilitação foram avaliados por meio da Escala Visual Numérica (EVN), Questionário de Dor McGill, SF-36 e Índice de Barthel (IB). A estatística inferencial foi realizada por meio do Teste T e do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: A presença de dor foi verificada em 64% da população, com média sete na EVN e expressivo número e intensidade de descritores do McGill. Os pacientes com dor apresentaram piores escores para QV nos domínios saúde mental (p = 0,046), estado geral da saúde (p = 0,021), aspectos emocionais (p = 0,034) e dor (p < 0,0001). A dor no hemicorpo hígido estava presente em 37% dos pacientes. A EVN correlacionou-se com o estado geral da saúde da SF-36 (r = -0,359; p = 0,043); já o McGill com a saúde mental (r = -0,364; p = 0,041), capacidade funcional (r = -0,365; p = 0,039) e aspectos emocionais (r = -0,374; p = 0,035). Não houve relação entre a dor e o IB. Conclusões: Este estudo mostrou alta incidência e intensidade de dor em indivíduos com AVC, mesmo em reabilitação. A presença da dor interferiu mais na QV do que na função e o McGill relacionou-se com mais domínios da SF-36 do que a EVN.
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