Força muscular respiratória de pacientes em pré e pós-operatório de transplante hepático

Conteúdo do artigo principal

Kéllita Juzo
https://orcid.org/0000-0001-7663-8244
Odete Mauad Cavenaghi
Tamiris Aparecida Castro Souza
https://orcid.org/0000-0002-6818-4331
Marcus Vinicius Camargo de Brito
Juliana Rodrigues Correia Melo
Lucas Lima Ferreira
https://orcid.org/0000-0002-7501-9828

Resumo

Objetivo: Comparar a força muscular respiratória em pacientes no pré e pós-operatório de transplante de fígado. Métodos: Estudo observacional, prospectivo e quantitativo, realizado no setor de transplantes de um hospital escola entre maio a agosto de 2019, foram incluídos pacientes cirróticos com idade maior ou igual 18 anos. Foram coletadas variáveis sociodemográficas, etiologia da cirrose e o model for end-stage liver disease (MELD). A força muscular respiratória foi avaliada pela manovacuometria, que mensura a pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx). Resultados: Foram incluídos 28 pacientes transplantados, 64% do sexo masculino, com idade média de 57,1 anos, com escore MELD 22,6 em média, 50% dos transplantes foram realizados por cirrose por álcool. Houve diminuição extremamente significativa (p<0,0001) na PImáx (89,1±28,1 versus 52,6±27,7 cmH2O respectivamente) e na PEmáx obtidas (82,6±20,9 versus 38,1±18,5 cmH2O respectivamente) e na PImáx (90,1±27,6 versus 53,5±27,7% respectivamente) e na PEmáx em percentuais do previsto (79,1±16,7 versus 37,3±19,2% respectivamente) entre o pré e pós-operatório. Conclusão: Houve redução na força muscular respiratória entre o pré e pós-operatório nesse grupo de pacientes submetidos a transplante de fígado.



Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Juzo K, Mauad Cavenaghi O, Souza TAC, Brito MVC de, Melo JRC, Ferreira LL. Força muscular respiratória de pacientes em pré e pós-operatório de transplante hepático. HSJ [Internet]. 30º de julho de 2020 [citado 3º de julho de 2024];10(3):51-5. Disponível em: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/986
Seção
ARTIGO ORIGINAL
Biografia do Autor

Kéllita Juzo, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Departamento de Fisioterapia em Terapia Intensiva, Faculdade de Medicina de Rio Preto, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.

Odete Mauad Cavenaghi, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Departamento de Fisioterapia em Terapia Intensiva, Faculdade de Medicina de Rio Preto, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.

Tamiris Aparecida Castro Souza, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Departamento de Fisioterapia em Terapia Intensiva, Faculdade de Medicina de Rio Preto, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.

Marcus Vinicius Camargo de Brito, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Departamento de Fisioterapia em Terapia Intensiva, Faculdade de Medicina de Rio Preto, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.

Juliana Rodrigues Correia Melo, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Departamento de Fisioterapia em Terapia Intensiva, Faculdade de Medicina de Rio Preto, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil.

Lucas Lima Ferreira, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Fisioterapeuta intensivista e Supervisor do Programa de Aprimoramento Profissional em Fisioterapia. União das Faculdades dos Grandes Lagos (UNILAGO) / Docente do Departamento de Fisioterapia. Mestrado em Fisioterapia, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Especialização em Fisioterapia Hospitalar, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brasil.

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