Variabilidade da Frequência Cardíaca em Universitários Saudáveis Após Ingesta de Bebida Energética / Heart Rate Variability in Healthy College Students After Energy Drink Intake
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Resumo
Objetivo: O objetivo é analisar a variabilidade da frequência cardíaca em universitários saudáveis, após ingestão de bebida energética. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo, uni-cego que incluiu indivíduos de coração normal. Todos submeteram-se à monitorização eletrocardiográfica por 5 minutos, antes da ingestão de 250 ml do energético Red Bull® (grupo A – GA) ou de placebo (grupo B – GB), numa relação 3:1, num período de 10 minutos. Após 45 minutos, um outro ECG foi realizado. Os indivíduos dos GA e GB permaneceram em repouso, sentados. Foi obtida a VFC antes e após a administração das substâncias, nos domínios do tempo (DT) e da frequência (DF). Foram excluídos consumidores de energéticos, aqueles que tivessem ingerido álcool ou cafeína nas 24 h antes da investigação. Resultados: Foram incluídos 30 indivíduos no grupo A (16H, 14M, média de idade 22±3a, variando entre 17 e 36 a) e 10 no grupo B (6H, 4M, média de idade 20±5a). Não se observou variação da frequência cardíaca antes e após nos GA e GB (70±10 vs 71±8 no GA [p=0,941] e, 69±8 vs. 70±9 no GB[p=0,881]). Houve incremento significativo da atividade vagal no GA, em comparação ao GB, tanto no DT (SDNN e RMSSD), como no DF (HF). O Red Bull® interferiu pouco no sistema simpático e na relação LF/HF nos GA e GB. Conclusões: O Red Bull® na dose empregada, aumentou a VFC por incremento do tônus parassimpáticos; não causou alteração no equilíbrio autonômico (relação LF/HF); esses achados confirmam os efeitos da cafeína sobre a VFC demonstrado em outros estudos.
Palavras-chave: Variabilidade da Frequência Cardíaca; Bebida Energética; Arritmias
ABSTRACT
Objective: The objective is to analyze the heart rate variability in college students after energy drink intake. Materials and Methods. Prospective study, uni-blind which included normal individuals. All the students underwent electrocardiographic monitoring for 5 minutes before ingestion of 250 ml of Red Bull® (group A - GA) or placebo (Group B - GB) in a 3: 1 ratio, in a 10-minute period. After 45 minutes, another ECG was performed. Individuals at GA and GB remained at rest, sitting. HRV was obtained before and after administration of the substances in the time domain (TD) and frequency domain (FD). Those students categorized as frequent consumers of energy drinks and those who have been drinking alcohol or caffeine in the 24 hours prior to investigation were excluded from the study.
Results: Thirty subjects were included in group A (16M, 14F, mean age 22 ± 3a, ranging between 17 and 36 a) and 10 in group B (6 H, 4M, mean age 20 ± 5a). There was no change in heart rate before and after ingestions in GA and GB (70 ± 10 vs 71 ± 8 in GA [p = 0.941] and 69 ± 8 vs. 70 ± 9 in GB [p = 0.881]). There was a significant increase in vagal activity in GA compared to GB, both in TD (SDNN and RMSSD) as well as in the FD (HF). The Red bull® little interfered with the sympathetic system and the LF / HF ratio in GA and GB. Conclusions: The Red Bull increased HRV by increase in parasympathetic tone; caused no change in autonomic balance (LF / HF ratio); these findings confirm the effects of caffeine on HRV shown in other studies.
Keywords: Heart Rate Variability; Energy Drinks; Arrhythmias
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