Efeitos da prática de caminhada em hipertensos: revisão integrativa

Conteúdo do artigo principal

Letícia Queiroz
https://orcid.org/0000-0003-1834-0567
Diogo Muryel
https://orcid.org/0000-0001-5875-7610
Kácio Santos
https://orcid.org/0000-0003-1577-0270

Resumo

Objetivo: analisar os efeitos da prática da caminhada em hipertensos.  Métodos: revisão integrativa da literatura em língua portuguesa, efetuada nas bases de dados SciELO e Lilacs – BVS. Realizou-se uma revisão em sete artigos publicados entre os anos de 2010 e 2020.  Resultados: o estudo revelou que a prática da caminhada é efetiva para redução dos níveis pressóricos em diferentes contextos e intensidades no controle da hipertensão, seja com efeitos agudos e/ou crônicos, sendo assim considerada uma ferramenta não medicamentosa, pois condiciona o sistema cardiovascular a responder fisiologicamente com diminuição da reatividade vascular, mesmo em situações de estresse, induzindo a diminuição na pressão arterial.  Conclusão: a pesquisa apontou que a caminhada tem efeitos positivos sobre os níveis pressóricos, uma vez que a mesma contribuiu significativamente para o controle da hipertensão arterial sistêmica, especialmente naquelas que tiveram acompanhamento de um profissional de educação física.  Sugere-se a proposição de novas pesquisas que levem em consideração não só a atuação desse profissional, mas também utilize outras variáveis, como diferentes modalidades de atividade física, dieta alimentar, níveis de estresse e qualidade do sono.



Detalhes do artigo

Como Citar
1.
Teixeira LQ, Aguiar Oliveira DM, Silva K dos S. Efeitos da prática de caminhada em hipertensos: revisão integrativa. HSJ [Internet]. 10º de dezembro de 2020 [citado 3º de julho de 2024];10(4):70-6. Disponível em: https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/990
Seção
ARTIGO ORIGINAL
Biografia do Autor

Letícia Queiroz, Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA)

Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA. Graduanda em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Teresina, Piauí, Brasil.

Diogo Muryel , Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA)

Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA. Teresina, Piauí, Brasil.

Kácio Santos, Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA)

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Treinamento Físico Desportivo pela UFPI. Licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Docente na UESPI e no Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), Teresina, Piauí, Brasil.

Referências

1. Brasil, Ministério da Saúde (MS). Hipertensão é diagnosticada em 24,7% da população [Internet]. Brasilia, DF: MS; 2019 May 17 [cited 2020 Nov 8]. Avaiable from: https://bit.ly/2JOffwF
2. Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2016;107(3):suppl 3. https://doi.org/10.5935/abc.20160152
3. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1):1-51. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010001700001
4. Brasil, Ministério da Saúde (MS). Plano de ações estratégicas para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011- 2022 [Internet]. Brasília, DF: MS; 2011 [cited 2020 nov 8]. Avaiable from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf
5. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição / American College of Sports Medicine; tradução Dilza Balteiro Pereira de Campos. 9th ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara; 2014.
6. Silva JP, Bousfi Eld, Andrea BS, Cardoso LH. A hipertensão arterial na mídia impressa: Análise da revista Veja. Psicol Saber Social. 2013;2(2):191-203. https://doi.org/10.12957/psi.saber.soc.2013.8793
Whittemore R, Knafl K. The integrative review: update methodology. J Adv Nurs. 2005;52(5):546-53. https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x PMid:16268861
7. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1 Pt 1):102-06.
8. Soares CB, Hoga LAK, Peduzzi M, Sangaleti C, Yonekura T, Silva DRAD. Integrative review: concepts and methods used in nursing. Rev Esc Enferm USP. 2014;48(2):335-45. https://doi.org/10.1590/S0080-6234201400002000020 PMid:24918895
9. Brasil. Lei no. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília [online]; 1998 Feb 20.
10. Monteiro LZ, Fiani CRV, Freitas MCF, Zanetti ML, Foss MC. Redução da pressão arterial, da IMC e da glicose após treinamento aeróbico em idosas com diabete tipo 2. Arq Bras Cardiol. 2010;95(5):563-70. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010005000135 PMid:20922265
11. Corazza DI, Gobbi S, Zago AS, Costa JLR. Hipotensão pós-exercício: comparação do efeito agudo do exercício aeróbio em mulheres normotensas e hipertensas limítrofes, da terceira idade adulta. Rev Bras Ativ Fis Saúde [Internet]. 2012 [cited 2020 Nov 8];8(2):28-34. Avaiable from: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/876
12. MacDonald JR, Hogben CD, Tarnopolsky MA, MacDougall JD. Post exercise hypotension is sustained during subsequent bouts of mild exercise and simulated activities of daily living. J Hum Hypertens. 2001;15:567-71. https://doi.org/10.1038/sj.jhh.1001223 PMid:11494096
13. Keller DF, Keller BD, Augusto IK, Bianchi PD, Sampedro RMF. Avaliação da pressão arterial e da frequência cardíaca durante imersão em repouso e caminhada. Fisioter Mov. 2011;24(4): 729-36. https://doi.org/10.1590/S0103-51502011000400018
14. Silva MFL, Campbell CSG, Brito AF, Silva AS, Santos MAP, Rêgo MN, et al. O volume de exercícios físicos resistidos influencia a reatividade da pressão arterial ao estresse. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(6):438-41. https://doi.org/10.1590/1517-869220152106118724
15. Queiroz A, Brito L, Santos M, Fecchio R, Stocco A, Bezerra A, et al. Prescrição de caminhada não supervisionada, risco cardiovascular e aptidão física. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2013;27(3):377-86. https://doi.org/10.1590/S1807-55092013000300005
16. Pereira EN, Vitorino PVO, Souza WKSB, Pinheiro MC, Sousa ALL, Jardim PCBV, et al. Avaliação da medida central da pressão e rigidez arterial em participantes de caminhada de longa distância. Int J Cardiovasc Sci. 2017;30(6):510-16.


17. Silva TF, Souza AA, Lima FF, Suassuna JAS, Couto HEPL, Tenório GR, et al. Efeito do exercício de caminhantes realizado em praças públicas com intensidade espontânea ou prescrita sobre a hipotensão pós-exercício. Rev Saude Publica. 2017;51:71. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006247
18. Reis HHT, Marins JCB. Nível de atividade física de diabéticos e hipertensos atendidos em um centro hiperdia. Arq Cienc Saude. 2017;24(3):25-30. https://doi.org/10.17696/2318-3691.24.3.2017.615
19. Povoa TIR, Jardim PCBV, Sousa ALL, Jardim TSV, Souza WKSB, Jardim LSV. Treinamento aeróbio e resistido, qualidade de vida e capacidade funcional de hipertensas. Rev Bras Med Esporte. 2014;20(1):36-41 https://doi.org/10.1590/S1517-86922014000100007
20. Freitas CMSM, Santiago MS, Viana AT, Leão AC, Freyre C. Aspectos motivacionais que influenciam a adesão e manutenção de idosos a programas de exercícios físicos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum [Internet]. 2007 [cited 2020 Nov 8];9(1):92-100. Avaiable from: https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/4037
21. Chagas EFB, Bonfim MF, Brondino NCM, Monteiro HL. Exercício físico e fatores de risco cardiovasculares em mulheres obesas na pós-menopausa. Rev Bras Med Esporte 2015;21(1):65-9. https://doi.org/10.1590/1517-86922015210101834
22. Pedersen BK, Saltin B. Exercise as medicine - evidence for prescribing exercise as therapy in 26 different chronic diseases. Scand J Med Sci Sports. 2015;25(Suppl 3):1-72. https://doi.org/10.1111/sms.12581 PMid:26606383
23. Kent P, O'Sullivan PB, Keating J, Slade SC. Evidence-based exercise prescription is facilitated by the Consensus on Exercise Reporting Template (CERT). Br J Sports Med. 2018;52(3):147-8. https://doi.org/10.1136/bjsports-2016-097405 PMid:28347995
24. Pescatello L, Guidry M, Blanchard, Kerr A, Taylor A, Johnson A, et al. Exercise intensity alters postexercise hypotension. J Hypertens. 2004;22(10):1181-8. https://doi.org/10.1097/00004872-200410000-00009 PMid:15361758