Tendência temporal da taxa de incidência e distribuição espacial dos acidentes por picadas de aranhas em Santa Catarina de 2011 a 2021
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Objetivo: analisar a tendência temporal da taxa de incidência e distribuição espacial de picadas de aranha em Santa Catarina. Método: Estudo ecológico misto, descritivo, de múltiplos grupos, e com análise de tendência temporal, das notificações de picada de aranha registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre 1º de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2021. Resultado: Houve 62.671 casos notificados, o que corresponde a taxa média anual de 83,27 casos/100.000 hab. A regressão linear indicou taxa de queda anual de 2,94 casos/100.000 hab. Conclusão: Houve elevada taxa de incidência de picadas de aranhas, superior à média nacional, com tendência de queda no período. As ocorrências se concentraram na Região Oeste e Norte do estado, em áreas urbanas. As vítimas, na maioria, são adultos jovens. A taxa de letalidade e mortalidade foi considerada baixa, e a grande maioria dos casos teve evolução favorável.
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem ao HSJ o direito de primeira publicação. A partir de 2024, as publicações serão licenciadas sob a Attribution 4.0 International , permitindo seu compartilhamento, reconhecendo a autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores estão autorizados a assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicação em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores são incentivados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer momento após o processo editorial.
Além disso, o AUTOR fica informado e consente que o HSJ possa incorporar seu artigo em bases de dados e indexadores científicos existentes ou futuros, nas condições definidas por estes a cada momento, o que envolverá, pelo menos, a possibilidade de que os titulares de esses bancos de dados podem executar as seguintes ações no artigo.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas- SINITOX. Dados de intoxicação [Internet]. Rio de Janeiro; FIOCRUZ; 2022 [cited 2022 Sep 17]. Available from: https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais
Lopes CD, Paiva AL, Duarte CG, Molina F, Felicori L. Venomous arachnid diagnostic assays, lessons from past attempts. Toxins (Basel). 2018;10(9):365. http://doi.org/10.3390/toxins10090365.PMid:30201918. DOI: https://doi.org/10.3390/toxins10090365
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2022 [cited 2022 Sep 18]. Available from: http://www.portalsinan.saude.gov.br/acidente-por-animais-peconhentos
Brasil. Ministério da Saúde. Acidentes por aranhas [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2022 [cited 2022 Sep 18]. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-aranhas
Nguyen N, Pandey M. Loxoscelism: cutaneous and hematologic manifestations. Adv Hematol. 2019;4091278. http://doi.org/10.1155/2019/4091278. PMid:31015839. DOI: https://doi.org/10.1155/2019/4091278
Cordeiro FA, Amorim FG, Anjolette FA, Arantes EC. Arachnids of medical importance in Brazil: main active compounds present in scorpion and spider venoms and tick saliva. J Venom Anim Toxins Incl Trop Dis. 2015;21(1):24. http://doi.org/10.1186/s40409-015-0028-5.PMid:26273285. DOI: https://doi.org/10.1186/s40409-015-0028-5
Hurt JB, Maday KR. Recognizing and treating patients with envenomations. JAAPA. 2016;29(7):40-5. http://doi.org/10.1097/01.JAA.0000482301.02574.30.PMid:27351646. DOI: https://doi.org/10.1097/01.JAA.0000482301.02574.30
Coelho JS, Ishikawa EA, Dos Santos PR, Pardal PP. Scorpionism by Tityus silvestris in eastern Brazilian Amazon. J Venom Anim Toxins Incl Trop Dis. 2016;22(1):24. http://doi.org/10.1186/s40409-016-0079-2.PMid:27570532. DOI: https://doi.org/10.1186/s40409-016-0079-2
Cupo P. Clinical update on scorpion envenoming. Rev Soc Bras Med Trop. 2015;48(6):642-9. http://doi.org/10.1590/0037-8682-0237-2015.PMid:26676487. DOI: https://doi.org/10.1590/0037-8682-0237-2015
Chippaux JP, Goyffon M. Epidemiology of scorpionism: a global appraisal. Acta Trop. 2008;107(2):71-9. http://doi.org/10.1016/j.actatropica.2008.05.021.PMid:18579104. DOI: https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2008.05.021
Antunes JLF, Cardoso MRA. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol Serv Saude. 2015;24(3):565- 76. http://doi.org/10.5123/S1679-49742015000300024. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000300024
Investigação de animais peçonhentos [Internet]. 2022 [cited 2022 Sep 18]. Available from: http://200.19.223.105/cgi-bin/dh?sinan/def/anim.def
Brasil. Secretaria De Vigilância em Saúde. Panorama dos acidentes causados por aranhas no Brasil, de 2017 a 2021. Boletim Epidemiológico [Internet]. 2022 [cited 2023 May 4];53(31):1-9. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no31
Birkmeyer JD, Barnato A, Birkmeyer N, Bessler R, Skinner J. The impact of the COVID-19 pandemic on hospital admissions in The United States. Health Aff (Millwood). 2020;39(11):2010-7. http://doi.org/10.1377/hlthaff.2020.00980.PMid:32970495. DOI: https://doi.org/10.1377/hlthaff.2020.00980
Tavares AV, Araújo KAM, Marques MRV, Leite R. Epidemiology of the injury with venomous animals in the state of Rio Grande do Norte, Northeast of Brazil. Cien Saude Colet. 2020;25(5):1967- 78. http://doi.org/10.1590/1413-81232020255.16572018.PMid:32402034. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232020255.16572018
Cristiano MP, Cardoso DC, Raymundo MS. Contextual analysis and epidemiology of spider bite in southern Santa Catarina State, Brazil. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2009;103(9):943-8. http://doi.org/10.1016/j.trstmh.2009.03.015.PMid:19375140. DOI: https://doi.org/10.1016/j.trstmh.2009.03.015
Cardoso JLC, Franca FOS, Wen FH, Malaque CMS, Haddad V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2. ed. Sao Paulo: Sarvier; 2009. 488 p.
Muller CC, Martine G. Modernização da agropecuária, emprego agrícola e êxodo rural no Brasil – A década de 1980. Brazil J Polit Econ. 1997;17(3):407-27. https://doi.org/10.1590/0101-31571997-0897. DOI: https://doi.org/10.1590/0101-31571997-0897
Braga JRM, Souza MMC, Melo IMLA, Faria LEM, Jorge RJB. Epidemiology of accidents involving venomous animals in the State of Ceará, Brazil (2007-2019). Rev Soc Bras Med Trop. 2021;54:e05112020. http://doi.org/10.1590/0037-8682-0511-2020.PMid:33605378. DOI: https://doi.org/10.1590/0037-8682-0511-2020
Souza TC, Farias BES, Bernarde PS, Chiaravalotti F No, Frade DDR, Brilhante AF, et al. Temporal trend and epidemiological profile of accidents involving venomous animals in Brazil, 2007- 2019. Epidemiol Serv Saude. 2022;31(3):e2022025. http://doi.org/10.1590/s2237-96222022000300009.PMid:36351057. DOI: https://doi.org/10.1590/s2237-96222022000300009
Ramos ÉBT, Vieira JER Fo. Desenvolvimento regional da agricultura familiar: Cooperativismo e associativismo. Rev Bras Econ. 2023;77(1):e052023. http://doi.org/10.5935/0034-7140.20230005. DOI: https://doi.org/10.5935/0034-7140.20230005
Marques-da-Silva E, Fischer ML. Distribuição das espécies do gênero Loxosceles Heinecken & Lowe, 1835 (Araneae; Sicariidae) no Estado do Paraná. Rev Soc Bras Med Trop. 2005;38(4):331- 5. http://doi.org/10.1590/S0037-86822005000400010.PMid:16082481. DOI: https://doi.org/10.1590/S0037-86822005000400010