Radiologia Intervencionista: Passado, Presente e Futuro / Interventional Radiology: Past, Present and Future
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Abstract
Desde a descoberta dos raios X em 1895 por Wilhelm Conrad Röntgen, as especialidades médicas em geral têm apresentado uma evolução exponencial, tanto no que se refere às técnicas diagnósticas, quanto às terapêuticas. Apesar de ressaltarem o aspecto crucial da anamnese e do exame físico para o diagnóstico das enfermidades, não se vislumbra uma moderna medicina sem sua associação a modalidades diagnósticas e terapêuticas guiadas por imagem.
Entretanto, alguns visionários do começo do século XX foram responsáveis por nortear os caminhos dos que os seguiram. Inicialmente, a técnica de angiografia foi desenvolvida pelo médico português Egaz Moniz em Lisboa em 1927, realizando o uso combinado de contraste e raios X para estudo do sistema nervoso, tumores e malformações arteriovenosas. Reynaldo Cid dos Santos realizou a primeira aortografia translombar na mesma cidade, em 1929. Também neste ano, o médico alemão Werner Forssmann realizou o cateterismo do átrio direito através de um cateter inserido a partir de uma veia de seu próprio antebraço, guiado por fluoroscopia. Em seguida, subiu um lance de escadas e fez uma radiografia de tórax para provar o sucesso de seu método. Publicou um artigo com o título "Über die Sondierung des rechten Herzens" (Sobre a sondagem do coração direito)1 e foi demitido do hospital onde trabalhava por seus métodos nada ortodoxos. No início dos anos 1940, André Cournand, em colaboração com Dickinson Richards Jr, realizou medições mais sistemáticas da hemodinâmica do coração. Por seu trabalho na descoberta de cateterismo cardíaco e medidas hemodinâmicas, Cournand, Forssmann e Richards dividiram o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina em 1956.
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