Fatores associados à prática da meditação transcendental em idosos
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Resumo
Objetivo: Avaliar fatores associados à prática da meditação transcendental (MT) em idosos. Métodos: Estudo transversal, com a inclusão de 113 idosos de ambos os sexos, 60 deles praticantes e 53 não praticantes de MT. Utilizou-se como instrumento um questionário semiestruturado, composto por dados sociodemográficos, de saúde e da prática da MT. A análise dos dados foi realizada pelo teste do qui-quadrado e pela regressão logística binária. Resultados: A média de idade dos praticantes foi menor que a dos não praticantes (63,7 ± 4,0 vs. 69,1 ± 6,6 anos). A maioria da amostra havia concluído o ensino superior (f = 45; 75%; p = 0,001) e recebia mais de três salários mínimos (f = 40; 67,8%; p = 0,001). No grupo de praticantes de MT houve uma maior proporção de indivíduos com excelente/boa auto percepção de saúde (91,7% vs. 77,4%; p = 0,034), e menor internação hospitalar no último semestre (5% vs. 24,5%; p = 0,003). Idosos que negaram internação hospitalar ou presença de diabetes mellitus (DM) apresentaram, respectivamente, 5,7 (IC95% OR 1,1 – 28,9) e 4,9 (IC95% OR 1,3 – 19,2) vezes chance de praticar MT. A prática da MT é 80% mais provável de ser praticada por idosos com melhor auto percepção de saúde (OR 0,17; IC95% 0,03 - 0.96). Conclusão: A prática de uma atividade holística como a MT está associada à melhor autopercepção de saúde comparada à dos idosos da mesma idade, e menor chance de internação no último semestre e presença de DM.
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